De que é feita a vida? De que são feitos os Sonhos? De que são feitas as Vontades? Não há respostas exímias para perguntas desproporcionadas, ridículas! A vida é feita “dos todos” que nos fazem amanhecer: são os amigos, é o amor. Mais: é o prazer…sim, é esta saga de esperança no amanhã que nos faz aguentar que uns poucos decidam por nós. O rumo dos novos mundos sempre se acelerou a rédeas fortes dos senhores cavalgantes que dominam a ferro e fogo o ritmo, o travão a que as nossas vidas, a nossa economia, até a cifra de mortos deve alcançar. São dígitos precisos num marasmo de informação em que a culpa morre solteira. Os ditos culpados não tem nome, não tem cara, designam-se por nomes de instituições bancários, por correntes de desenvolvimento… ainda que a solução, a razão, a motivação capaz de mudar não é nossa, pertence-lhes. A nós pertence -nos a vida, a tal vontade de viver, a fome de seguir, a curiosidade, o alento de um novo sol, de um mundo melhor. Subjugados aos senhores do mundo, continuamos, emparelhados pela mecanização, a caminhar. Diz-se que onde há vida há esperança. Sim, para nós! Para eles, onde há vida há jogo, há poder. Nós somos as marionetas deste século, como outros foram noutros tempos. A história segue o seu curso: desenharam-se países que não caem, países para cair, países em declínio numa utopia hierárquica que apregoa, na comodidade estável do seu poder que um dia, unidos, alcançaremos a unidade entre os povos…
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