Quanto mais o tempo em mim avança mais me detenho a pensar no antes. Deve ser normal. Reviver. Analisar. Discussões internas de silêncios murmúrios comigo que me dão paz. Dantes não conseguia aceitar o que estava, sequer analisar a caída, gritava-me raivosa por ainda não conseguir atingir-me no âmago dos meus erros.
Acho que isto significa que cresci. Que se calhar ainda vou crescer mais. Que já não me julgo à luz das minhas próprias descrenças do bem e do mal. Agora posso aceitar o pecado, a tristeza, o erro a felicidade e ser masoquista ao ponto de deliciar me em pensamentos densos sobre o que não fui, o que não fiz, o que errei. A dor aqui é boa. Prefiro-a à incerteza que me fitava cada vez que eu, curiosa, viajava até antes de mim relembrava o meu percurso. Ficava sempre a meio do caminho optava sempre por não explorar-me com medo da minha própria sentença. Encontrei a paz de espírito, a harmonia que me permite relativizar, com doçura, os encontros duros com os que amo. Sofro. Tenho pena. Gostava que fosse diferente. Não julgo. Aceito. Retiro m de leve. Agarro me à minha grande conquista: a compreensão! Essa que me envaidece, me orgulha! Essa que me ilumina dos nossos bons momentos, quando penso na dureza do nosso ultimo encontro..
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