Brisa invernal sopra em silêncio.Histórias de outros, vidas de aventuras, travessias fantasmagóricas, ação em palcos luminosos, multidões coloridas , animais com vida de homens, naturezas mortas, floras ridiculas, suspenses baratos que me estremecem a gritos, neste momento egoista de prazer que passo com os personagens e que é só meu. Tenho-o ao meu lado mas não o necessito.Tenho-os a eles, às suas eloquentes novelas personificadas numa folha rude, áspera, porta aberta de cenários ibridos de emoção que alcanso quando me abestenho da matéria que me envolve só te escuto a ti. Sim tu, meu livro, companheiro terno de uma tarde pacata, inteira, feliz..é bom saber que ele também está com o seu amnte, oiseu livro, e desfruta deste insipido prazer solitário que tsambem tenho por ti.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Alí, depois do azul
Sempre quis saber o que havia do outro lado do mar. Como todas as crianças pensava que era um sitsitio inatingivél, sem nome,que só nos sonhos das grandes diásporas em que vestia pele de Ulisses tinha o prazer de pisar essa terra firme tão encantadora...
Acho que às vezes ainda sonho com isso.Outras molduras. Outras formas.Outros conceitos.A mesma dúvida, o mesmo desejo. É uma fantasia deleitosa até quando estou acordada numa barulhenta tarde de sol de prai de Agosto e olho além da algazarra que as crianças provocam no rebentar das ondas...Passa o tempo,mudo.Mas ainda posso encontra neste desejo tonto do descobriro desconhecido uma serenidade que o mundo real com onome, nunca me consegue dar.Olhar o mar.Aconchego. Aventura. Sonhar!
domingo, 21 de fevereiro de 2010
"O amor é uma companhia"- Fernando pessoa
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro
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